domingo, 11 de julho de 2010

'Como um cachorrinho...



"O amor me chamou pra um outro lado e eu fui atrás dele.

Eu pensei que se eu não fosse, a minha vida inteira ia ser assim.
Vida de tristeza, vida de quem quis de corpo e alma e mesmo assim não fez.
Daí eu fui. Eu fui e vou, toda vez que o amor me chamar, vocês entendem?
Como um cachorrinho, mas coroada como uma rainha."


(Lisbela e o prisioneiro)

Se eu sofro por ele? Sofrer por quê? Por que nossa amizade talvez, na melhor das hipóteses “talvez”, nunca mais será a mesma? E que amizade! Era como se eu me olhasse no espelho e visse naquele “palhaço” minha versão crua masculina: Eficaz, ordenado, perfeccionista, prático, tímido (sob dependência), e, ao mesmo tempo, inquieto, nervoso, crítico, maníaco, sobretudo sincero e intenso, muito intenso! Sinceridade essa que, junto da intensidade, chega a atrapalhar certas ocasiões. Ah, somos palhaços também!

Isso que me machuca, este é o “porque”. Um amor a gente esquece, paixão um dia acaba, não acredito em amor eterno (principalmente como este caso, quando não há reciprocidade), mas o que me mata é perder ele como amigo, porque, ai sim, é o que se deve dar valor... Amigos mesmo existem poucos...

Eu aprendi a não morrer por ninguém. Aprendi que quando nos apaixonamos por alguém podemos até pensar que essa pessoa é tudo, mas que, com o tempo, mesmo sem querer, ela vira nada! Nada mesmo! Pode até demorar um pouco, ou muito, podemos sofrer bastante, derramar muitas lágrimas, gritar até algo sufocar a garganta, mas ela vira nada. E acontece o mesmo com a próxima paixão, achamos que nunca amamos ninguém como se ama esse novo amor. É um círculo vicioso, a cada nova paixão surge um “nunca amei ninguém como a ele (a)” e um “tudo que eu queria era ficar com ele (a)”. Depois de apanhar na cara passei a colocar paixão em segundo/terceiro plano.

Eu estou com os pés no chão, amando com os pés no chão, talvez porque não tenha essa reciprocidade entre eu e ele.

Mas o que é que estou dizendo? Pra que toda essa filosofia barata? Estou eu aqui na frente do computador em plena noite de sábado falando que não estou nem ai pra ele (o amor ou ele mesmo). Será que não estou mesmo? Quero enganar a quem? Basta ele (o amor ou ele mesmo) me chamar que vou correndo como um cachorrinho ao seu dono.

O pior é que quando começamos a gostar de alguém esquecemos toda essa filosofia barata e cometemos o mesmo erro sempre. Quebramos a cara do mesmo jeito. Quando amamos perdemos a razão. É... “Talvez eu tenha uma fraqueza por causas realmente perdidas...” (E o vento levou)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

'Agora os nossos olhares não se cruzam mais...'


Às vezes me espanto e me pergunto como pudemos a tal ponto mergulhar naquilo que estava acontecendo, sem a menor tentativa de resistência. Não porque aquilo fosse terrível, ou porque nos marcasse profundamente ou nos dilacerasse - e talvez tenha sido terrível, sim, é possível, talvez tenha nos marcado profundamente ou nos dilacerado - a verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.

(Caio F. Abreu)



E foi bem assim que aconteceu. Parecia que não daria em nada (na verdade não deu mesmo), mas de alguma forma tudo mudou, nada está mais como antes. Agora os nossos olhares não se cruzam mais, eles se repelem, como se fosse uma forma de, ai sim, resistir. Agora é como se essa fosse a nossa única fuga, como se devêssemos fugir,... Tentando fingir que nada aconteceu, que nada mudou, que nada ficou.

Autoria: Alice Rizzo


P.S.:Desculpem-me pelo blog "abandonado", mas eu estava vivendo momentos em que escrever, botar no papel, tudo aquilo que sentia me faria sofrer mais ainda. Nos próximos dias vocês saberão, através das palavras, o que quero dizer...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

'Eu queria mesmo era que você gostasse de mim...

“Você nunca saberia,
Toda noite eu peço a

Deus pra sonhar com você
Porque tudo o que eu queria

Era beijar a sua boca sempre ao te ver
Você nunca irá entender,

Meu medo é de te perder

Então eu só suponho
Que você não vê nada em mim,

Durmo chorando e acordo rindo

Ao te beijar num sonho”

Em sonho - Bem Roots

E tem sido assim “Meu Deus, que eu o esqueça, ou que ele goste de mim como eu gosto dele e de uma forma ou de outra que sejamos grandes amigos... Ajude-me a sonhar com ele!”
Deus sabe que sim e ele não tem me dado nada por completo, mas dá um pouquinho de cada... Talvez porque ele queira me ensinar algo que eu teimo em não aprender... Ah, como eu queria que uma dessas coisas se concretizasse! Na verdade, eu queria mesmo era que você gostasse de mim.

Autoria: Alice Rizzo

terça-feira, 25 de maio de 2010

'Hoje já não sinto nada...



"Coração na mão como um refrão de um bolero
Eu fui sincero como não se pode ser.

Um erro assim, tão vulgar, nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira ele consegue nos achar num bar

Com um vinho barato, um cigarro no cinzeiro

E uma cara embriagada no espelho do banheiro’’

Refrão de Bolero - Engenheiros do Hawaii



Quando terminamos, no início,

reagi super bem, levei numa

boa, como se o seu

personagem na minha história

já tivesse cumprido o papel dele.

Estava enganada, como sempre.

Depois de algum tempo caí em mim,

me dei conta que você não era mais meu.

Aí sim, me desesperei, a saudade apertou tanto,

tanto que decidi romper com

meu orgulho e fui atrás de você.

Pensei, sonhei, delirei imaginando

quando voltássemos como iria ser,

o que iríamos fazer.

Só que aí, quando pensei que

teria você de volta pra mim,

só pra mim, você preferiu não me responder.

Você ignorou. Então pensei “pronto, agora acabou!”.

Eu já fiz a minha parte, tentei voltar, mas não era só isso.

E logo eu que sempre usei meu lado racional

quando percebi já não conseguia mais usá-lo,

você possuiu o meu coração por inteiro,

já não tinha mais espaço pra nada,

a saudade era plena, mas não satisfatória.

Pensava em você todos os dias,

e ainda imaginava que um dia

a resposta chegasse.

Engano meu, claro!

Mas agora nada que você diga

muda o que você não falou

quando eu queria ouvir.

O tempo passou. Nem as cinzas ficaram.

O vento as levou.

Fica dentro de mim a sensação do tempo perdido,

do tempo desperdiçado, mas pensando bem,

o seu silêncio foi a melhor resposta,

já que você não soube o que

fazer com as minhas palavras.

Autoria: Valentina Rizzo

domingo, 16 de maio de 2010

'Eu não posso te ajudar...


"Pois é, Alice. Ano passado você só falava, pensava e respirava Henrique!" Assis S.


E não é que era assim? Cada vez que eu encontrava o Assis ia falar o que de novo tinha acontecido, se ele tinha me abraçado forte, se tinha me cantado mesmo que brincando...


Um breve resumo sobre meu campo “amoroso”:

Ano passado eu tinha acabado de me “desapaixonar”, saí de cabeça erguida de um relacionamento que nunca tive. Com todas as fragilidades ficamos sujeitos a nos envolver com tamanha facilidade com um mínimo de carinho. E assim foi feito. Começou com um interesse repentino, com algo que chamava de “paquera e só... Curiosidade sobre como seria ficar com ele”. Aquilo foi tomando de conta de mim e quando vi já estava presa a ele, ligada de uma forma que eu não conseguia passar um mínimo tempo de uma hora sem nele pensar.

Minhas amigas bem que confirmavam “Eu ficaria com ele, tem cara de quem tem pegada, de quem sabe fazer uma mulher feliz”. Aos poucos fui descobrindo cada detalhe sobre ele, descobri pontos fortes em comum e outros desastres. Como chegar até ele se nosso contato era extremamente profissional? Mudei pra chamar sua atenção, fingi não me importar. Quando não o via na semana eu me desesperava em preocupações “será que ele está doente? Ou será que está curtindo um final de semana prolongado com alguém?”. Numa destas preocupações eu o encontrei frágil, triste, reprimido, magoado, e assim passei firmeza e confiança, a ponto de me tornar uma grande amiga, pra quem ele contava tudo o que lhe acontecia.

Tempo e tempo e nos tornamos mais amigos. Até as brincadeiras de dizer verdades “E ai... Quando que a gente vai sair?”, “Pena que não podemos, não por enquanto!”. Percebi que tinha certo interesse da parte dele ou pelo menos ele demonstrou isso. Quando aquilo que nos impedia se foi não perdemos tempo e logo ficamos. Confesso que não consegui me envolver, talvez porque eu esperava demais, não sei. Mas horas depois me bateu um “arrependimento”, sei lá, só sei que eu não me sentia, era como se eu me olhasse no espelho e não me visse, como se uma estranha estivesse bem diante de mim. E depois disso nunca mais o olhei como antes. Daí o ano acabou e com ele ficou esse passado próximo.

Mas se quer saber... Eu realmente o larguei somente pouco tempo atrás, até me envolver mais uma vez com alguém nessa cadeia! E deixa isso no passado!!