"O amor me chamou pra um outro lado e eu fui atrás dele.
Vida de tristeza, vida de quem quis de corpo e alma e mesmo assim não fez.
Daí eu fui. Eu fui e vou, toda vez que o amor me chamar, vocês entendem?
Como um cachorrinho, mas coroada como uma rainha."
Se eu sofro por ele? Sofrer por quê? Por que nossa amizade talvez, na melhor das hipóteses “talvez”, nunca mais será a mesma? E que amizade! Era como se eu me olhasse no espelho e visse naquele “palhaço” minha versão crua masculina: Eficaz, ordenado, perfeccionista, prático, tímido (sob dependência), e, ao mesmo tempo, inquieto, nervoso, crítico, maníaco, sobretudo sincero e intenso, muito intenso! Sinceridade essa que, junto da intensidade, chega a atrapalhar certas ocasiões. Ah, somos palhaços também!
Isso que me machuca, este é o “porque”. Um amor a gente esquece, paixão um dia acaba, não acredito em amor eterno (principalmente como este caso, quando não há reciprocidade), mas o que me mata é perder ele como amigo, porque, ai sim, é o que se deve dar valor... Amigos mesmo existem poucos...
Eu aprendi a não morrer por ninguém. Aprendi que quando nos apaixonamos por alguém podemos até pensar que essa pessoa é tudo, mas que, com o tempo, mesmo sem querer, ela vira nada! Nada mesmo! Pode até demorar um pouco, ou muito, podemos sofrer bastante, derramar muitas lágrimas, gritar até algo sufocar a garganta, mas ela vira nada. E acontece o mesmo com a próxima paixão, achamos que nunca amamos ninguém como se ama esse novo amor. É um círculo vicioso, a cada nova paixão surge um “nunca amei ninguém como a ele (a)” e um “tudo que eu queria era ficar com ele (a)”. Depois de apanhar na cara passei a colocar paixão em segundo/terceiro plano.
Eu estou com os pés no chão, amando com os pés no chão, talvez porque não tenha essa reciprocidade entre eu e ele.
Mas o que é que estou dizendo? Pra que toda essa filosofia barata? Estou eu aqui na frente do computador em plena noite de sábado falando que não estou nem ai pra ele (o amor ou ele mesmo). Será que não estou mesmo? Quero enganar a quem? Basta ele (o amor ou ele mesmo) me chamar que vou correndo como um cachorrinho ao seu dono.
O pior é que quando começamos a gostar de alguém esquecemos toda essa filosofia barata e cometemos o mesmo erro sempre. Quebramos a cara do mesmo jeito. Quando amamos perdemos a razão. É... “Talvez eu tenha uma fraqueza por causas realmente perdidas...” (E o vento levou)